domingo, 15 de março de 2009

Mulheres


Lya Luft, uma mulher brasileira que faz aos 71 anos o que sempre desejou fazer desde a infância.Jogar com as palavras e com personagens,criar,inventar,cismar,tramar,e sondar o insondavél.
"Sou dos escritores que não sabem dizer coisas inteligentes sobre seus personagens, suas técnicas ou seus recursos. Naturalmente, tudo que faço hoje é fruto de minha experiência de ontem: na vida, na maneira de me vestir e me portar, no meu trabalho e na minha arte/ Não escrevo muito sobre a morte: na verdade ela é que escreve sobre nós - desde que nascemos vai elaborando o roteiro de nossa vida/ O medo de perder o que se ama faz com que avaliemos melhor muitas coisas. Assim como a doença nos leva a apreciar o que antes achávamos banal e desimportante, diante de uma dor pessoal compreendemos o valor de afetos e interesses que até então pareciam apenas naturais: nós os merecíamos, só isso. Eram parte de nós./ O amor nos tira o sono, nos tira do sério, tira o tapete debaixo dos nossos pés, faz com que nos defrontemos com medos e fraquezas aparentemente superados, mas também com insuspeitada audácia e generosidade. E como habitualmente tem um fim - que é dor - complica a vida. Por outro lado, é um maravilhoso ladrão da nossa arrogância./ Quem nos quiser amar agora terá de vir com calma, terá de vir com jeito. Somos um território mais difícil de invadir, porque levantamos muros, inseguros de nossas forças disfarçamos a fragilidade com altas torres e ares imponentes./ A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade, querer com mais doçura./ Às vezes é preciso recolher-se".

5 comentários:

Márcia Justiniano disse...

Eu estava conversando com Lya Luft ou Márcia Rangel, agora pouco.
Bj

Anônimo disse...

Eu adoro ler a Lya... E o interessante é que usei esta frase dela, dias desses, bem recentemente, quando me questionaram sobre alguns "muros levantados": "às vezes é preciso recolher-se".

E é. Quem vai cuidar de mim sou eu. Né não? rs!

bjins

Anônimo disse...

"nera" pra ser anônimo, não... "simisquici" de colocar meu nomezin...rs

Auci

Anônimo disse...

Oi Alci,adorei sua visita, mas não tenho intimidade com essas tecnologias modernas,por isso quase não comento, apesar de acompanhar suas postagens. Quanto a Lya Luft gosto muito da forma que ela escreve sobre as relações humanas e seus conflitos.Bj

Anônimo disse...

ALCI,idem idem viu como sou boa nisso ih,ih....... Marcia Rangel